quarta-feira, 31 de julho de 2013

Artigo sobre Promoção de PMs Vítimas do Césio 137


Coronel Sílvio recebe promovidos do Césio 137


O Coronel Sílvio Benedito Alves, comandante geral da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), recebeu nesta terça-feira (31), policiais militares promovidos por trabalharem no caso do Césio 137.
Em um momento histórico Coronel Sílvio trocou as luvas do capitão Gerson e capitão Lira, agora promovidos a major.  Estiveram presentes, neste momento, simbólico, o subcomandante geral da PMGO, coronel Juraí Alves de Sousa, o chefe do Estado Maior, coronel Victor Dragalzew, e o presidente da Associação dos Oficias, major Carrijo.
“Este é um momento de muita felicidade para os policiais militares que foram promovidos por trabalharem no caso do Césio 137. É um momento de alegria para todos, principalmente para os familiares que sofreram juntos, além de uma conquista  histórica”, ressaltou o presidente da Associação dos Oficiais.
Para o Major Gerson de Oliveira Pinho, um dos promovidos, receber esta promoção é muito mais do que um reconhecimento, é uma honra.“ Este momento só foi possível pelos esforços do nosso comandante geral, Coronel Sílvio, do nosso governador Marconi Perillo, do secretário Joaquim Mesquita e do nosso capitão Lira, agora Major. É  um momento de agradecer a Deus , pois os policiais militares que trabalharam com o Césio 137 tiveram suas vidas afetadas com a radioatividade. Quando paro para relembrar o passado, vem a minha mente amigos policiais que foram afetados fisicamente por trabalharem com o Césio sem nenhum tipo de proteção. Lembro-me , também, dos filhos de policiais militares que foram contaminados com o Césio, que nasceram com deformidades físicas, devido aos problemas genéticos. Ainda temos que lutar, pois estes filhos não são considerados vítimas do Césio 137, e por isso, não recebem nenhuma ajuda”, desabafou Major Gerson.
Coronel Sílvio destacou que esta foi uma vitória que marcará a vida da Polícia Militar. “ Com a ajuda de Deus e dos nosso esforços, conseguimos reconhecer, de forma justa, a atuação dos nossos policiais militares e bombeiros militares que trabalharam com o Césio 137. É uma honra promover esses policiais militares que dedicam a sua vida a policia militar”, enfatizou o Comandante Geral.
Texto: Sd Gabriella Martins
Foto: Sd Adair
O Coronel Sílvio Benedito Alves, comandante geral da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), recebeu nesta terça-feira (31), policiais militares promovidos por trabalharem no caso do Césio 137.
Em um momento histórico Coronel Sílvio trocou as luvas do capitão Gerson e capitão Lira, agora promovidos a major.  Estiveram presentes, neste momento, simbólico, o subcomandante geral da PMGO, coronel Juraí Alves de Sousa, o chefe do Estado Maior, coronel Victor Dragalzew, e o presidente da Associação dos Oficias, major Carrijo.
“Este é um momento de muita felicidade para os policiais militares que foram promovidos por trabalharem no caso do Césio 137. É um momento de alegria para todos, principalmente para os familiares que sofreram juntos, além de uma conquista  histórica”, ressaltou o presidente da Associação dos Oficiais.
Para o Major Gerson de Oliveira Pinho, um dos promovidos, receber esta promoção é muito mais do que um reconhecimento, é uma honra.“ Este momento só foi possível pelos esforços do nosso comandante geral, Coronel Sílvio, do nosso governador Marconi Perillo, do secretário Joaquim Mesquita e do nosso capitão Lira, agora Major. É  um momento de agradecer a Deus , pois os policiais militares que trabalharam com o Césio 137 tiveram suas vidas afetadas com a radioatividade. Quando paro para relembrar o passado, vem a minha mente amigos policiais que foram afetados fisicamente por trabalharem com o Césio sem nenhum tipo de proteção. Lembro-me , também, dos filhos de policiais militares que foram contaminados com o Césio, que nasceram com deformidades físicas, devido aos problemas genéticos. Ainda temos que lutar, pois estes filhos não são considerados vítimas do Césio 137, e por isso, não recebem nenhuma ajuda”, desabafou Major Gerson.
Coronel Sílvio destacou que esta foi uma vitória que marcará a vida da Polícia Militar. “ Com a ajuda de Deus e dos nosso esforços, conseguimos reconhecer, de forma justa, a atuação dos nossos policiais militares e bombeiros militares que trabalharam com o Césio 137. É uma honra promover esses policiais militares que dedicam a sua vida a policia militar”, enfatizou o Comandante Geral.

Texto: Sd Gabriella Martins
Foto: Sd Adair

ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE PROMOÇÃO POR ATO DE BRAVURA DE PMS VÍTIMAS DO CÉSIO 137

2 mil policiais militares são promovidos


A Polícia Militar publicou na manhã desta terça-feira, 30, decreto com promoções de oficiais e praças da corporação. Ao todo, cerca de 2 mil policiais militares foram contemplados com ascensão na carreira. Na lista dos promovidos, estão os policiais militares vítimas do Césio-137. De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o acidente radiológico, que aconteceu na capital, em 1987, foi o maior já registrado no mundo envolvendo uma fonte radioativa utilizada em hospitais.Comandante-geral da PM, coronel Silvio Benedito Alves, parabenizou os militares promovidos e considerou como um resgate histórico a promoção por ato de bravura dos militares vítimas do Césio. "A Polícia Militar vive uma fase importante de investimentos e reconhecimento justo do trabalho realizado por nossos policiais. Quem ganha é população”, pontua.Equipamentos - Este ano, o Governo do Estado investiu mais de 11 milhões de reais na aquisição de 500 capacetes anti-tumulto, um caminhão Iveco ano 2013 para a cavalaria, 7 mil coletes antibalísticos, 100 fuzis parafal, 2.500 pistolas calibre ponto 40, 300 mil munições calibre ponto quarenta e 5 mil munições de precisão. Fonte: SD Rafael Cardoso
A Polícia Militar publicou na manhã desta terça-feira, 30, decreto com promoções de oficiais e praças da corporação. Ao todo, cerca de 2 mil policiais militares foram contemplados com ascensão na carreira. Na lista dos promovidos, estão os policiais militares vítimas do Césio-137. De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o acidente radiológico, que aconteceu na capital, em 1987, foi o maior já registrado no mundo envolvendo uma fonte radioativa utilizada em hospitais.
Comandante-geral da PM, coronel Silvio Benedito Alves, parabenizou os militares promovidos e considerou como um resgate histórico a promoção por ato de bravura dos militares vítimas do Césio. "A Polícia Militar vive uma fase importante de investimentos e reconhecimento justo do trabalho realizado por nossos policiais. Quem ganha é população”, pontua.
Equipamentos - Este ano, o Governo do Estado investiu mais de 11 milhões de reais na aquisição de 500 capacetes anti-tumulto, um caminhão Iveco ano 2013 para a cavalaria, 7 mil coletes antibalísticos, 100 fuzis parafal, 2.500 pistolas calibre ponto 40, 300 mil munições calibre ponto quarenta e 5 mil munições de precisão. 
Fonte: SD Rafael Cardoso
A Polícia Militar publicou na manhã desta terça-feira, 30, decreto com promoções de oficiais e praças da corporação. Ao todo, cerca de 2 mil policiais militares foram contemplados com ascensão na carreira. Na lista dos promovidos, estão os policiais militares vítimas do Césio-137. De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o acidente radiológico, que aconteceu na capital, em 1987, foi o maior já registrado no mundo envolvendo uma fonte radioativa utilizada em hospitais.Comandante-geral da PM, coronel Silvio Benedito Alves, parabenizou os militares promovidos e considerou como um resgate histórico a promoção por ato de bravura dos militares vítimas do Césio. "A Polícia Militar vive uma fase importante de investimentos e reconhecimento justo do trabalho realizado por nossos policiais. Quem ganha é população”, pontua.Equipamentos - Este ano, o Governo do Estado investiu mais de 11 milhões de reais na aquisição de 500 capacetes anti-tumulto, um caminhão Iveco ano 2013 para a cavalaria, 7 mil coletes antibalísticos, 100 fuzis parafal, 2.500 pistolas calibre ponto 40, 300 mil munições calibre ponto quarenta e 5 mil munições de precisão. Fonte: SD Rafael Cardoso
A Polícia Militar publicou na manhã desta terça-feira, 30, decreto com promoções de oficiais e praças da corporação. Ao todo, cerca de 2 mil policiais militares foram contemplados com ascensão na carreira. Na lista dos promovidos, estão os policiais militares vítimas do Césio-137. De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o acidente radiológico, que aconteceu na capital, em 1987, foi o maior já registrado no mundo envolvendo uma fonte radioativa utilizada em hospitais.
Comandante-geral da PM, coronel Silvio Benedito Alves, parabenizou os militares promovidos e considerou como um resgate histórico a promoção por ato de bravura dos militares vítimas do Césio. "A Polícia Militar vive uma fase importante de investimentos e reconhecimento justo do trabalho realizado por nossos policiais. Quem ganha é população”, pontua.
Equipamentos - Este ano, o Governo do Estado investiu mais de 11 milhões de reais na aquisição de 500 capacetes anti-tumulto, um caminhão Iveco ano 2013 para a cavalaria, 7 mil coletes antibalísticos, 100 fuzis parafal, 2.500 pistolas calibre ponto 40, 300 mil munições calibre ponto quarenta e 5 mil munições de precisão. 
Fonte: SD Rafael Cardoso

terça-feira, 30 de julho de 2013

PROMOÇÃO POR ATO DE BRAVURA DOS POLICIAIS MILITARES DA ATIVA PENSIONISTAS VÍTIMAS DO CÉSIO 137

Estado de Goiás
Secretaria de Estado da Segurança Pública e Justiça
Polícia Militar
Comissão de Promoção de Praças

PORTARIA Nº 003599 DE 26 DE JULHO DE 2013.

Dispõe sobre as Promoções de Praças da
Polícia Militar do Estado de Goiás,
conforme determina a Lei nº 15.704, de 20
de junho de 2006.

O Coronel QOPM Sílvio Benedito Alves, Comandante Geral da Polícia
Militar do Estado de Goiás, no uso de suas atribuições legais e regulamentares, e nos
termos do Art. 4º, § 1º, da Lei nº 15.704, de 20 de junho de 2006, resolve:

Art. 1º - Promover os Policiais Militares nas graduações dos quadros que
abaixo especifica:

§ 1º - No Quadro de Praças da Polícia Militar – QPPM.

I – Por Ato de Bravura, conforme prevê o art. 6º, inciso III, c/c art. 9º da
Lei nº 15.704, de 20 de junho de 2006, depois de criteriosa análise dos fatos e
documentos a respeito do Césio 137, bem como parecer favorável desta Comissão de
Promoção de Praças, conforme Ata 012 datada de 17 de outubro de 2012, publicado no
DOEPM 194 de 19 de outubro de 2012 e ofício nº 1482/2013-Gabinete da Secretaria de
Segurança Pública e Justiça, datado 26 de julho de 2013.

a. À GRADUAÇÃO DE SUBTENENTE QPPM:

1) 1º SGT 22428 Delvan Assis de Souza;
2) 1º SGT 18543 Luiz Carlos Gonçalves de Noronha;
3) 1º SGT 23857 Gercimar Pereira da Silva;
4) 1º SGT 27912 Cirio Waldez de Oliveira Rosa;
5) 1º SGT 17354 João Crispim da Rocha;
6) 1º SGT 15398 Wlisses Florindo Cintra.

b. À GRADUAÇÃO DE PRIMEIRO SARGENTO QPPM:

1) 2º SGT 15861 Jesuel Alves de Araújo;
2) 2º SGT 15485 Carlos Alves de Lima;
3) 2º SGT 17424 José Nático da Silva;
4) 2º SGT 19226 Amauri Alves de Oliveira;
5) 2º SGT 19220 Marcelito Geraldo da Silva;
6) 2º SGT 14083 José Antonio Gonçalves;
7) 2º SGT 14277 Elias Menezes da Cunha;
8) 2º SGT 16492 Reginaldo Gara;
9) 2º SGT 13233 Reginaldo Santiago de Sousa.

c. À GRADUAÇÃO DE SEGUNDO SARGENTO QPPM:

1) 3º SGT 19179 José Evangelista da Silva;
2) 3º SGT 13852 Deusmar José da Rosa;
3) 3º SGT 14002 Mario de Souza Mendes;
4) 3º SGT 15221 Edson Pires de Oliveira;
5) 3º SGT 15319 Sandro Morettes Pereira;
6) 3º SGT 15544 Pedro Pio Nogueira Filho;
7) 3º SGT 18061 Divino Fidelis da Silva;
8) 3º SGT 16691 Mauro Magalhães de Almeida;
9) 3º SGT 17437 Edmar de Souza Silva;
10) 3º SGT 17359 Jorge Aparício Borges Pedreira;
11) 3º SGT 18166 Paulo César Ferreira;
12) 3º SGT 18509 Osmar Antonio da Silva;
13) 3º SGT 18829 Valdir José Leite;
14) 3º SGT 18528 José de Almeida Neves;
15) 3º SGT 27133 Cristiano Rodrigues de Menezes;
16) 3º SGT 18314 Anielson Pereira dos Reis;
17) 3º SGT 18060 Claudio Alves de Paula;
18) 3º SGT 19190 Antonio Gomes Cardoso;
19) 3º SGT 19211 José do Prado Filho;
20) 3º SGT 18479 Edmar Ferreira Martins;
21) 3º SGT 19610 Celio Aparecido da Costa;
22) 3º SGT 19216 Edson Ribeiro da Costa;
23) 3º SGT 19479 Luis Paulo Sales da Silva Neto;
24) 3º SGT 19357 Honorival Pereira Passarinho;
25) 3º SGT 17046 Marcos Herney Ferreira;
26) 3º SGT 20937 Eudair Vieira Rezende.

d. À GRADUAÇÃO DE TERCEIRO SARGENTO QPPM:

1) CB 18086 Diurivê Oliveira Brandão;
2) CB 22445 Wellington Santo de Brito;
3) CB 22590 Rosimar Soares de Melo;
4) CB 23375 Uilton José Amador;
5) CB 23848 Divino Euripedes da Silva;
6) CB 23797 Antonio Helio Alves de Souza;
7) CB 24680 Júlio César Lopes Corte;
8) CB 24562 Walker Tavares;
9) CB 16962 Adevair Cesar de Almeida;
10) CB 22592 Samuel Holanda de Souza;
11) CB 25850 Luiz Carlos de Abreu.
e. À GRADUAÇÃO DE CABO QPPM:
1) SD 15601 Sebastião Ivani da Costa;
2) SD 27117 Edesio Almeida Alves;
3) SD 27563 Wilson José Cândido de Oliveira;
4) SD 27644 Gilson Rodrigues de Oliveira;
5) SD 27647 Ildemar Francisco Marques;
6) SD 27548 Jeovair Raimundo dos Santos;
7) SD 27645 Adriano Raimundo dos Santos.

II - QUADRO DE PRAÇAS DA SAÚDE - QPS:

a. À GRADUAÇÃO DE SUBTENENTE QPS:

1) 1º SGT 15571 Fabian Divino Boaventura;
2) 1º SGT 13427 Deusico Siqueira de Moura.

b. À GRADUAÇÃO DE PRIMEIRO SARGENTO QPS:

1) 2º SGT 17799 Valdivino Marciano.

Art. 2º - AO CGF, REMETER AO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO,
EM CUMPRIMENTO DA PORTARIA Nº 000527, DE 03 DE MARÇO DE 2010,
PUBLICADA NO DOEPM Nº 057, DE 29 DE MARÇO DE 2010.

Art. 3° - PUBLIQUE-SE EM DOEPM.

Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor a partir de 26 de julho de 2013.
Quartel do Comando Geral, em Goiânia-GO, 26 de julho de 2013.

Joaquim Cláudio Figueiredo Mesquita
Secretário da Segurança Pública e Justiça do Estado de Goiás - SSPJ

Sílvio Benedito Alves – Coronel PM
Comandante Geral da PMGO

segunda-feira, 29 de julho de 2013

RECOMENDAÇÃO AOS MILITARES ESTADUAIS GOIANOS


O Policial Militar, como profissional da segurança pública, deve adotar no seu dia-a-dia, medidas preventivas para sua segurança pessoal, de sua família e da sociedade em geral.

Na presente data, o Estado de São Paulo, está sendo atingido por uma série de ações criminosas, nas quais infratores da lei teriam realizado delitos contra a comunidade e especialmente, contra policiais militares daquele estado.

Há indícios de que estas ações poderiam ter se expandido para outros estados.
A mídia local em especial a reportagem constante no jornal Diário da Manhã do dia 23 de novembro de 2012, relatou informações sobre uma possível preparação para a realização de ações contra a comunidade goiana e contra profissionais da Policia Militar de Goiás, inclusive vinculando fatos ocorridos a esta série de crimes.

Desta forma, como precaução, o Comando da Corporação se antecipa a esses possíveis eventos e expede a presente Nota de Instrução para orientar os policiais militares quanto às ações preventivas que devem ser adotadas, mesmo que estes fatos não se confirmem.

- Medidas de prevenção para à sociedade:

1) Os Policiais Militares devem reforçar a orientação à população no sentido de que seja evitado o fornecimento de informações sobre: itinerários, atividades e hábitos para pessoas desconhecidas.

 2) Reforçar orientação para que em caso de qualquer movimentação estranha em ônibus e espaços coletivos a Polícia Militar deverá ser acionada.

 3) Reafirmar em reuniões comunitárias, nas visitas comunitárias e solidarias e nas abordagens em geral que ações preventivas resguardam a segurança das pessoas, mesmo em casos de normalidade.

 4) Difundir  com maior ênfase todos os telefones das viaturas e do 190 e ultimar esforços para o pronto atendimento a todos os chamados.

 5) Em caso de qualquer necessidade ou mesmo de suspeição a Polícia Militar deverá ser acionada.

- Orientações ao Policial Militar:

1) Selecionar com cautela os ambientes que freqüentará nos momentos de folga. Isso é vital para sua segurança.

2) Mantenha-se permanentemente vigilante, tanto durante o serviço quanto de folga.
3) No interior de estabelecimentos, ou interior de veículos, não distrair-se evitando ser surpreendido por agressores.

4) Em deslocamentos urbanos, ao utilizar veículos de transporte coletivo, escolha assento posicionado estrategicamente, que permita ampla visão do coletivo e jamais durma ou se distraia.

5) Caso esteja portando arma de fogo, mantenha sempre a atenção e postura proativa, conduza-a com responsabilidade e jamais a utilize como meio de solução primária. O uso de coldres adequados evitará que a arma venha a cair ou disparar acidentalmente, que fique exposta ou que exija constantemente que o portador ajuste seu posicionamento. Portar arma discretamente quando de folga preserva a vantagem da surpresa para o policial.

6) Mantenha a identidade funcional de forma não acessível, caso seja abordado por infrator da lei.

7) Não desenvolva conversas que detalhem rotinas da profissão com desconhecidos, nem com conhecidos, amigos e parentes. Uma importante fontede informação para criminosos são os próprios policiais, ao revelarem detalhes sigilosos em conversas informais. Portanto, cuidado com quem ouve suas conversas, pois, mesmo sem maldade, poderá reproduzi-las a criminosos.

8) Cada profissional deve reavaliar riscos do “bico”. Não aceite ofertas de trabalho que ofereçam alto risco à sua segurança e à de sua família.

9) Cuidado com a utilização da internet e em especial das redes sociais. Veja a portaria nº 2346/12 que trata do assunto. Sua segurança e de sua família pode ser colocada em risco.

10) Em trajes civis, vista-se de modo a não chamar a atenção e de forma que não permita ser identificado como policial. Camisetas, japona de farda, bonés e jaquetas, adesivos em veículos ou outras manifestações externas denotam, a um observador atento, muito sobre as características da pessoa observada.

11) Ao sair ou chegar em sua residência, esteja atento quanto a presença de pessoa ou veículo em atitude suspeita e, nestes casos, não saia nem pare, passe direto e acione o COPOM, para uma averiguação.

12) Antes de sair de casa para o trabalho, tenha em mente o trajeto e conte sempre com opções de itinerário, mudando-o quando for necessário.

13) Saiba quais são as unidades da PM mais próximas durante o seu trajeto.

14) Ao estacionar o veículo, desembarque rapidamente. Evite ficar no veículo, mesmo que seja por pouco tempo, como para procurar algum objeto apenas. O agressor não leva mais do alguns segundos para identificar a vítima e iniciar a agressão.

15) Mantenha e se mostre sempre atento no trânsito: o infrator da lei sabe quando a vítima está desatenta.

16) Quando for em direção da moto ou carro para um deslocamento, verifique se não há alguém se aproximando ou próximo ao veículo.

17) Caso você esteja sendo perseguido por motocicleta e a mesma esteja com garupa, procure trafegar em avenidas movimentadas e se possível procure uma unidade da PM ou mesmo uma viatura que esteja no patrulhamento.

- Orientações à família.

1)  Evitar comentários com desconhecidos sobre detalhes da profissão ou de sua residência.

2) Oriente seus familiares a não comentar sobre armamentos, materiais e equipamentos que eventualmente estejam guardados na residência.

3) Assuntos profissionais devem permanecer no âmbito da Instituição.

4) Familiares e empregados devem ser orientados a não fornecerem informações sobre hábitos e rotinas da família via telefone e não permitir a entrada de estranhos para concertos e revisões domiciliares não agendadas previamente.

5) Ao contratar empregados ou prestadores de serviços para sua residência, dê preferência àqueles que apresentam referências idôneas e que possam ser confirmadas mais facilmente.

6) Armas e munições na residência devem ser guardadas em locais de maior segurança, longe do acesso de crianças e curiosos.

7) Tenha cuidado com fardamentos e equipamentos que eventualmente leve para sua residência, evitando que sejam dispostos em local de fácil acesso e visualização e sejam possíveis alvos de subtração.

8) Esteja atento à movimentação de pessoas estranhas nas proximidade de sua residência.

9) Pense na segurança física de sua residência.

10) Tenha atenção especial para entrar e sair do domicílio, ocasiões em que os marginais utilizam com mais frequência para abordar os moradores;

FONTE: "PORTAL DA PMGO"

AUDIÊNCIA PÚBLICA - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE GOIÁS EM 2009


Isaura Lemos promove audiência pública sobre o Césio 137.
A deputada estadual Isaura Lemos, líder do PDT em Goiás, promove nesta quinta-feira, dia 17, audiência pública sobre o tema “Césio 137: política permanente sobre as vítimas do acidente. A audiência será realizada a partir das 8h30, no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa. Trata-se de um tema importante, sobretudo por ocasião dos 22 anos do acidente com o Césio em Goiânia e dos 64 anos do lançamento de bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Já confirmaram presença o coordenador do Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCN-GO/CNEN), Leonardo Bastos Lage; o professor Júlio Nascimento, coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa do Acidente com o Césio 137 da Universidade Católica de Goiás (NIPAC-UCG); professor Luiz Antonio Lobo, diretor do Departamento de Ciências Jurídicas da UCG; professora Elisabeth Bicalho, diretora do Departamento de História, Geografia e Relações Internacionais da UCG; Odesson Alves Ferreira, presidente da Associação das Vítimas Civis do Acidente com Césio; sargento Santos Francisco de Almeida, presidente da Associação das Vítimas Militares; Takashi Morita, presidente da Associação das Vítimas da Bomba Atômica; Marco Túlio de Oliveira e Silva, procurador geral da República em Goiás; e Nilo D`Ávila, representante do Greenpeace.
Também foram convidados a secretária de Estado de Saúde, Irani Ribeiro Moura; Joel Sant`anna Braga Filho, secretário estadual de Ciência e Tecnologia; Roberto Gonçalves Freire, secretário estadual do Meio Ambiente; o ministro Sebastião Castro Filho; Zacharias Kalil Hamu, superintendente da Suleide; entre outras autoridades.

“Promoção das vítimas do Césio-137 é resgate histórico”, diz Comandante Geral da PM

“Promoção das vítimas do Césio-137 é resgate histórico”, diz Comandante Geral da PM

Comandante Geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Silvio Benedito Alves, avaliou como uma grande conquista e resgate histórico, a promoção dos policiais e bombeiros militares vítimas do Césio-137. A promoção por ato de bravura foi anunciada pelo governador Marconi Perillo na noite da última sexta-feira (26), durante a solenidade em comemoração aos 155 anos da corporação.
Ao todo, 189 policiais e 18 bombeiros militares vítimas do Césio-137 serão promovidos.  De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), o Césio-137, que aconteceu na capital, em 1987, foi o maior acidente radiológico registrado no mundo envolvendo uma fonte radioativa utilizada em hospitais. “Sem dúvida é uma grande conquista. Alguns dos policias já estão mortos e outros ficaram com sequelas graves”, lembra.
Para o capitão da PM Carlos Lira, uma das vítimas do Césio-137, a promoção é um reconhecimento justo aos profissionais que trabalharam diretamente na área afetada. “Na época, muitos de nós trabalhamos sem nenhum tipo proteção. Nossa vida mudou. Enfrentamos preconceitos e vários problemas de saúde”, conta.
Promoções – Além das promoções das vítimas do Césio-137, cerca de 2 mil oficiais e praças da Polícia Militar serão promovidos. O decreto com as promoções deverá ser publicado ainda hoje. 
Texto: Soldado Rafael Cardoso.

domingo, 28 de julho de 2013

A HISTÓRIA DO SOLDADO VITIMA DO CÉSIO 137 LUTA PELO RECONHECIMENTO

Montanha de lixo radioativo: rejeitos do acidente em Goiânia/GO (1987)
Brigitte Luiza Guminiak
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Juliano Schiavo
A história do soldado que luta pelo
reconhecimento como vítima do
césio-137
Campo estelar no chão
terrestre
Acordou e encheu os pulmões de ar. Nascia um novo
dia e com ele uma história. O jovem, com seus 25
anos, mal sabia o que era o elemento césio-137 e
nem imaginava os problemas que lhe causariam no futuro.
Vestia uniforme azul-petróleo, que lhe recobria todo o corpo.
As calças, azuis também, eram abraçadas por um cinto
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Sociedade do Lixo
preto, que traçava uma linha divisória entre o tronco e as
pernas. Os coturnos negros e luzidios, como duas grandes
bocas abertas e sedentas de fome, abocanhavam os pés. Era
a antropofagia em pessoa: a autoridade engolia o civil.
O próprio nome já se mascarava com um ar de autoridade:
de Santos Francisco de Almeida, só o Santos sobrevivia.
Com uma agulha hipodérmica invisível, lhe era injetada a
função: soldado da Polícia Militar, acrescido daquele termo
dos iniciantes: recém-formado.
Vai, Santos! Vai! Chegou a hora de arcar com a Pátria, a
Pátria amada! Está na hora de servi-la. E ele, como um bom
soldado – o soldado que serve e morre por ti, Pátria amada
– rumou ao seu desígnio. Seis horas da matina, o quartel já
o esperava. O dia ia ser duro.
Era setembro! Mais precisamente 1987, que deveria ser
conhecido como o ano das estrelas. Isso mesmo: foi a primeira
vez que uma Supernova (nome dado aos corpos celestes
surgidos após as explosões de estrelas) era estudada
com aparelhagem moderna. Com o nome de Shelton Sn
1987A, essa Supernova foi a virgem que ajudou os astrônomos
de todo mundo a fortalecer ou eliminar as teorias que
estudam a expansão do universo.
Mas era no Brasil que a primeira pessoa segurava uma
outra estrela diminuta. Uma estrela azul e mortal. Pobre
Leide das Neves Ferreira, menina sorridente, que, por desconhecer
o perigo, tocou a estrelinha.
— Titia vem cá ver a pedra alumiante que o papai trouxe.
Com suas pequeninas mãos, Leide agarrou a tia Luísa
Odete Mota dos Santos. Como toda criança que descobre
29
Campo estelar no chão terrestre
algo novo, tão surpreendente, foi serelepeando até o quarto.
Apagou a luz e, no chão, o céu se abria como num tapete
persa das mil e uma noites. As estrelinhas jogavam sobre
os olhares ávidos de Leide, de seis anos de idade, sua luz
azul-mortal. Quem poderia imaginar que podia existir uma
coisa daquela?
Ninguém imaginava. Nem mesmo Roberto dos Santos e
seu amigo Wagner Mota, sucateiros, podiam imaginar isso.
Naquela tarde de domingo, 13 de setembro de 1987, o sol
era o mesmo. A vida continuava a mesma. O calor, daquela
tarde, também. Tudo parecia ser a mesma coisa em Goiânia,
exceto o dinheiro que viria com a venda de chumbo proveniente
de um aparelho de teleterapia encontrado entre
as avenidas Tocantins e Paranaíba, no centro de Goiânia,
capital de Goiás. Lá funcionara, até 1985, uma clínica de radioterapia
que agora estava abandonada. Mas nenhum dos
dois sucateiros sabia do perigo.
Com a força que brotava de seus músculos, os dois ergueram
uma das partes do aparelho. O carrinho de mão,
com sua rodinha que girava sua volta de 360 graus e sustentava
uma peça com mais de cem quilos, foi cambaleante
pelas ruas, até repousar na moradia de Roberto. Número 68
da Rua 57, no Setor Central.
No quintal da singela casa, as marretas entraram em
ação. Tof, tof, tof. Talvez barulhos agudos, abafados, não
há como saber. Eram apenas barulhos de ferramentas, que
iam liberando, pedaço a pedaço, a Caixa de Pandora. Com a
força dos dois sucateiros, as partes se partiam. Partia também
a janela de irídio, que protegia a cápsula mortal, onde
repousavam 19 gramas de césio-137 – algo tão pequeno,
que cabia na palma da mão.
30
Sociedade do Lixo
Era como se uma borboleta, tão bem protegida por seu
casulo, tivesse sido libertada ao mundo. E, com a liberdade,
suas asas azuis-mortais debatiam-se silenciosamente,
como se participassem de uma dança que, mais tarde, traria
tristeza, medo e morte. No mesmo dia, os sucateiros Roberto
e Wagner já sentiram os sinais de corpos debilitados:
náuseas, tonturas e vômitos.
A contaminação expandiu-se, carregada nos corpos,
vestes e calçados daqueles que tiveram contato com suas
partículas. Até aquelas pessoas que foram irradiadas pelos
raios alfa e beta do material radiativo tornaram-se expoentes
da contaminação.
Tudo ocorreu silenciosamente e numa rapidez tão grande
multiplicou-se, quando, retirado do quintal da casa de
Roberto, no dia 18 de setembro, o material foi transferido
para o ferro-velho I, na Rua 26-A, Setor Aeroporto. Esse ferro-
velho pertencia a Devair Alves Ferreira.
Wagner acompanhou a transação comercial. “Deu 128
quilos, mas ele [Devair] só pagou 120. Aí pegamos os 1.800
cruzados [equivalente a cerca de 70 reais], chegamos lá fora
e repartimos o dinheiro. Eu fui pra minha casa e Roberto
foi pra dele”.
No ferro-velho I, o material foi aberto por dois funcionários
e deixado de lado. Seu brilho encantador e mortal só
se revelaria à noite, quando o proprietário do local, Devair,
ao perceber algo diferente, tomou a si a peça que emanava
um brilho. Atraído, como que por magnetismo, o homem
pensou estar diante de um material sobrenatural e o levou
para sua residência. Hospedava, assim, o inimigo dentro de
casa.
Nos três dias seguintes à descoberta, maravilhado com
31
Campo estelar no chão terrestre
seu “brinquedo” de luz brilhante, o dono do ferro-velho, com
o auxílio de uma chave de fenda, socializou o pó oriundo da
cápsula com amigos, vizinhos e parentes. Muitos passavam
o pó no rosto, comemorando, fazendo festa. O brilho azul
era uma sereia, cujo canto traduzido visualmente encantava
a todos. Devair e sua mulher, Maria Gabriela Ferreira,
ignoravam até então o fato de apresentarem cefaléias e vômitos,
sintomas iniciais da contaminação.
Foi dessa maneira que o pozinho chegou às mãos de Ivo
Alves Ferreira, irmão de Devair. De suas mãos, a pequena
parcela de pó repousou no bolso de sua calça e, assim, foi
levada para casa.
— É hoje que a Odete vai ficar bonita – disse Ivo, brincando
com o material e o passando no pescoço e ombro de
Luísa Odete, sua cunhada. Estava feliz, não sabia o perigo
que carregava consigo.
Na casa de Ivo, o material foi posto na mesa. Estava preparada
a ceia mortal: Leide, a filha, brincou com poeira do
césio-137, e depois comeu um ovo com as mãos sujas, engolindo
fragmentos radioativos. Era o pai entregando um
pedaço do céu reluzente, um mimo para alegrar a família.
Era Leide, toda feliz, carregando sua tia ao quarto e mostrando
seu novo brinquedo, seu tapete de estrelinhas. O
césio-137, naquele momento, mimetizava a morte em sua
forma azulada. Com seu esplendor, espalhava seu mal por
meio de sorrisos, brincadeira, festividades: sua beleza era
encantadora demais para parecer mortífera.
Enquanto isso, o material radioativo fazia sua peregrinação.
No dia 25, Devair vendeu o chumbo retirado da fonte
radioativa para Joaquim, também dono de um ferro-velho,
32
Sociedade do Lixo
na rua P 19, lote 4. Sem que o marido soubesse, Maria Gabriela,
já desconfiada, colocou em meio aos pedaços do
chumbo a cápsula que guardava o pó. As suspeitas dela aumentaram
à medida que mais pessoas ficavam doentes.
Todas as vítimas que tiveram contato com o material
passaram mal. Náuseas, tonturas, vômitos e diarréias tornaram-
se algo comum na localidade. Afinal, de onde vinham
aquelas sensações de mal-estar? As drogarias eram procuradas
como auxílio. Outros procuraram postos de saúde e,
assim, foram encaminhados para hospitais. Mas mesmo
nos hospitais, nada podia ser feito. Os profissionais de saúde,
observando os sintomas, pensaram tratar-se de algum
tipo de doença contagiosa, medicando os doentes em conformidade
com os sintomas descritos. Marília Gabriela cismou
que esses problemas que afetavam as pessoas tinham
relação com aquele troço que brilhava no escuro.
— É esse trem que está fazendo mal pra nós.
No dia 28 ela foi até o ferro-velho e pegou uma amostra
do material. Junto com um empregado de seu marido, partiu
para a Vigilância Sanitária. No percurso, feito por meio
de ônibus, os passageiros foram contaminados. Ao chegar
ao local, a mulher colocou o saco com o material em cima
da mesa e disse a um funcionário:
— É isso que tá matando as pessoas.
O funcionário, que era veterinário, levou o conteúdo
para o pátio. Enquanto isso, médicos do Hospital de Doenças
Tropicais - onde muitos doentes estavam internados
- começaram a suspeitar que as lesões poderiam ter sido
originadas por contaminação radioativa.
O físico Walther Mendes, alertado, foi investigar o caso.
Munido com um monitor usado em medições geológicas
33
Campo estelar no chão terrestre
de resposta rápida a estímulos, se dirigiu ao prédio da Vigilância.
No caminho, ao ligar seu aparelho, viu que em segundos
era acusado um elevado grau de contaminação radioativa.
Achou tudo aquilo muito estranho e providenciou
outro medidor, pensando que o primeiro aparelho estivesse
estragado. Dito e feito. Ele se certificou do fato.
Chegando à Vigilância, conseguiu impedir que bombeiros,
chamados pelo veterinário, jogassem o material no rio
Meia Ponte, ou seja, evitou que a cidade toda fosse contaminada.
Disse que era preciso conhecer o problema primeiro,
antes de tomar qualquer iniciativa. Salvou a cidade de algo
pior. Imediatamente, a Secretaria de Saúde do Estado foi
avisada e, no dia 29 de setembro (16 dias após o equipamento/
material radioativo ter sido encontrado na clínica de
radioterapia abandonada), a Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEM) entrava em cena. A Rua 57 foi interditada.
Começaram as movimentações para isolar a área e separar
as pessoas contaminadas.
No quartel, com seu uniforme azul-petróleo, seu revólver
calibre 38 e cassetete de madeira, Santos entrou em ação.
Respondendo chamadas às sete e meia da manhã, o pelotão
do qual fazia parte foi escalado, junto com grande parte do
efetivo de Goiânia, para isolar as localidades acidentadas
por um “acidente de gás”.
Até então, tudo passava despercebido para o grande
público. Até mesmo a imprensa, sempre tão atenta, cobria,
naqueles dias, o primeiro Grande Prêmio Brasil de Motovelocidade
500 cilindradas, em Goiânia - GO, uma prova
válida para o campeonato mundial. Cerca de trinta mil
pessoas se aglomeravam no evento. O ronco dos motores
VRUMMMMMMM, VRUMMMMMMM demonstrava que
34
Sociedade do Lixo
as motos rasgavam o asfalto e o grito da platéia EHHHHHHHHHHHHH
se mesclava com toda aquela velocidade.
O australiano Wayne Michael Gardner, de 28 anos, seguia
tranqüilo, tranqüilo no retão, mas o ar, quente e seco, fez
com que um rodamoinho incrível levantasse muitas folhas
de jornal. Remoinho de informação? Sem problemas! O incidente
foi contornado e Wayne Michael Gardner manteve
a liderança. Naquele ano o jovem já havia subido dez
vezes ao pódio, vencido seis grandes prêmios e pontuado
em todas as etapas. Ele liderava e ia faturar o título. Foi o
mais regular de todo o campeonato. Ele merecia!!! E lá ia
Gardner com seu uniforme azul e branco, cruzando a linha
de chegada, com sua moto número dois, que estava em
primeiro: melhor volta da prova: um minuto, 28 segundos
e 79 centésimos. Velocidade média de 155,49 quilômetros
por hora! Wayner Gardner conquistava sua 7ª vitória. Atrás
dele, Eddie Lawson e, logo em seguida, Randy Mamola.
Tudo era festa!
Do lado de fora do evento, os acontecimentos seguiam
seu percurso. O césio-137, com seu brilho encantador, ia fazendo
cada vez mais vítimas. O soldado Santos partia para
o ofício. Era soldado e oferecia a vida pela Pátria, que tantas
vezes abandona essas vidas. Normal? Não deveria ser...
O soldado, devidamente fardado, chegou com seu pelotão.
Outras equipes escaladas anteriormente já haviam
socorrido, de certa forma, os civis. Santos deparou-se com
pessoas desesperadas no Centro de Triagem do Estádio
Olímpico de Goiânia, local que abrigava provisoriamente
as vítimas do acidente com o césio-137 e onde era feito o
monitoramento do grau de radiação pela Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN).
35
Campo estelar no chão terrestre
Lá havia astronautas, com macacões impermeáveis,
luvas, botas descartáveis, máscaras com filtros. Tinham
detectores de radioatividade, equipamentos de proteção
individual (EPI), máquinas e equipamentos necessários à
missão! Tudo isso para, o que se dizia, um acidente de gás.
Por que os militares e servidores públicos, que ajudavam a
isolar as localidades contaminadas e evitar o trânsito a pé
e motorizado das pessoas desavisadas, não podiam ter essa
roupa especial? O soldado se questionou. Porém, questionar
de nada adiantava àquela altura. Ele percebeu que corria
perigo, mas como estava no mesmo barco que seus amigos
de profissão, e com o dever solene de ter jurado defender a
Pátria, a sociedade – mesmo com o risco da própria vida –
pôs-se a cumprir o dever com cabeça erguida.
Antes de se deparar com “astronautas”, ou melhor, muito
antes disso, Santos tinha prestado cinco anos, sete meses
e sete dias de serviços ao (extinto) 42º Batalhão de Infantaria
Motorizada. Submeteu-se a uma bateria de exames
de saúde para ingressar nas fileiras do Exército Brasileiro.
Detalhe: foi julgado “apto”, sem problemas de saúde. Seu
desempenho físico era tamanho que, na época, participou
de marchas de dois até 42 quilômetros. Na semana da infantaria,
percorreu 14 quilômetros na Corrida do Infante.
Bota fôlego nisso! Licenciou-se do Exército em 10 de setembro
de 1986 e, no dia 1 de dezembro do mesmo ano,
ingressou na Polícia Militar de Goiás, após aprovação no
concurso e exame de saúde. Matriculou-se na 13ª turma do
curso de formação de soldados, no Quartel do Regimento
de Polícia Montada (RPMON). Aguardava sua movimentação
e era empregado no serviço administrativo na (extinta)
seção de ensino do quartel da Polícia Montada. Em 1987,
36
Sociedade do Lixo
teve contatos imediatos de primeiro grau com os astronautas
terrestres. Goiânia parecia tornar-se um campo estelar.
Antes eram as estrelinhas azuis, agora eram os astronautas.
O que mais faltava???
No estádio olímpico, óbvio!, a competição parecia ser
mais a de quem estava menos contaminado, pois esses eram
logo liberados. Em três meses de trabalho da CNEN, de 30
de setembro a 21 de dezembro, foram monitoradas 112.800
pessoas, das quais 249 apresentaram significativa contaminação
interna e/ou externa; 120 delas contaminadas apenas
em roupas e calçados. Essas pessoas, após passarem
por um processo de descontaminação, foram liberadas. As
outras 129 passaram a receber acompanhamento médico
regular. Destas, 79 contaminadas externamente receberam
tratamento ambulatorial. Das outras 50 radioacidentadas e
com contaminação interna, 30 foram assistidas em albergues,
em semi-isolamento, e 20 foram encaminhados ao
Hospital Geral de Goiânia.
Desse grupo de 20 pessoas, 14 estavam em estado de
contaminação interna grave e foram transferidas para o
Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.
A rotina de descontaminação era dura, sofrida, dolorosa.
Os contaminados passavam por inúmeros banhos com
água, sabão e vinagre para eliminar resíduos presentes na
pele. As áreas mais afetadas recebiam uma pasta com dióxido
de titânio e, depois, mais e mais banhos com sabão,
permanganato de potássio ou hipocloreto de sódio a 0,5%.
Tudo para eliminar o pó-azul-encantador-e-infelizmentemortal.
Para a recuperação das radiolesões, eram utilizadas so37
Campo estelar no chão terrestre
luções analgésicas e antissépticas. Houve casos em que o
bisturi teve que entrar em ação e extirpar cirurgicamente
tecidos necrosados. Os tratamentos seguiam. Para retirar
o césio-137 do corpo, os contaminados abriam a boca e engoliam
doses de três a dez gramas de ferrocianeto férrico,
mais conhecido como “Azul da Prússia” – ou seja, a mesma
cor azul que matava, agora salvava vidas. Naquela ocasião
o hospital também se transformava numa academia de ginástica,
mas numa academia onde não se buscava a estética:
o objetivo era fazer com que as vítimas transpirassem à
força, para eliminar os resíduos radioativos pelo suor. Ao
invés de complementos vitamínicos, entravam em cena os
diuréticos, também com a mesma função de eliminar os resíduos
mortais. Quem diria que um pozinho que cabia na
palma da mão poderia causar tanta dor e sofrimento?
Porém, os tratamentos médicos foram em vão. No dia 23
de outubro falecia a primeira vítima do acidente: Maria Gabriela,
esposa do dono do ferro-velho. Após algumas horas
foi a vez de Leide. Os corpos, colocados dentro de caixões
de chumbo, chegaram a Goiânia no dia 26, para serem enterrados
no Cemitério Parque.
No enterro, o soldado Santos dava cobertura policial. A
população não queria que os corpos fossem enterrados lá
e, para tanto, se armavam com cruzes de madeira, tijolos,
pedaços de concreto, pedras, e tudo mais que pudesse ser
arremessado contra os caixões, como forma de protesto.
A caminhonete blindada que transportava os caixões
chegou a ser atacada. A multidão, beirando duas mil pessoas,
parecia uma onda furiosa, que vinha rebentar em gritos
de protesto. Eram pessoas, que por falta de informação, ti38
Sociedade do Lixo
nham medo e se uniam para evitar que o cemitério se tornasse
um depósito de lixos radioativos.
Triste e dopada por calmantes, a mãe de Leide, Lourdes
das Neves Ferreira, compareceu ao enterro sem o marido,
Ivo, que estava internado no Rio de Janeiro. Com o apoio
da primeira-dama do Estado na época, Sônia Santillo, conseguiu
se aproximar do caixão da filha, sem ser agredida.
A dor que sentia jamais seria apaziguada. Não deram a ela
o direito de velar sua parente, nem chorar pela filha. Ela só
pôde observar o rosto de Leide pelo vidrinho do caixão.
O trabalho de descontaminação prosseguia mobilizando
centenas de pessoas. Goiânia parecia um campo de guerra,
digno de filme de ação. Com o uso de jatos fortes de água,
telhados, máquinas e ferramentas de trabalho eram lavadas,
purificadas pelo líquido vivificador. Entulhos de casas
demolidas, calçadas, árvores cortadas, asfalto retirado de
ruas contaminadas, animais domésticos sacrificados, sucatas
dos ferros-velhos, todo material que não tinha condições
de reaproveitamento, sendo considerado lixo radioativo,
era embalado, transportado e condensado no depósito
provisório de Abadia de Goiás, a vinte quilômetros de Goiânia.
O soldado Santos, durante mais ou menos quatro meses,
fazia sua via-crúcis de serviço. Ia do quartel ao Centro
de Triagem no Estádio Olímpico com carros de choque,
micro-ônibus, viaturas ou motos. Fazia turnos de 24 horas.
Durante o dia, o sol iluminava o trabalho desse soldado.
À noite, a escuridão não lhe dava motivo para adormecer.
Abrandado pelas luzes artificiais, o breu muitas vezes era
sinônimo de trabalho.
39
Campo estelar no chão terrestre
Em Abadia de Goiás nasciam dois depósitos de superfície
em concreto, fruto de projetos de engenharia específicos
para armazenagem de rejeitos radioativos, assegurando
a blindagem radiológica e a contenção do material, sem
risco de escape para o meio ambiente. Foram mobilizados
244 profissionais da CNEN, 125 da Marinha, Exército, Furnas,
Nuclebras e Nuclei, e 300 pessoas do governo de Goiás,
empresas contratadas, universidade, Defesa Civil do Estado
do Rio de Janeiro e voluntários locais. Tudo isso totalizou,
de acordo com dados da CNEN, 669 pessoas.
Com um custo estimado em 10 milhões de reais, todo
esse processo originou seis mil toneladas de rejeitos radioativos,
constituídos por 1.357 caixas metálicas, oito cilindros
de concreto, 26 contêineres (com 14 tambores de 200
litros). Abadia de Goiás recebia em suas terras uma montanha
radioativa, que por 300 anos guardaria em seu interior,
lacrado, o dano originado por 19 gramas de césio-137: destruição,
caos, medo, infelicidade, preconceito e morte.
O tempo passou. Para prestar assistência médica e social
às vítimas direta e indiretamente atingidas e desenvolver
atividades relacionadas ao acidente, foi criado em dezembro
de 1987, pelo Governo do Estado de Goiás, a Fundação
Leide das Neves Ferreira (FUNLEIDE). Em 1999 houve uma
mudança e a FUNLEIDE foi extinta. Em seu lugar surgiu
a Superintendência Leide das Neves Ferreira (SULEIDE).
Esse órgão separou as vítimas por grupos. O grupo I possui
51 pessoas que foram expostas diretamente, com contaminação
interna e radiolesões e 35 descendentes. Já o grupo
II, formado por vítimas com contaminação menor e sem lesões,
contabiliza 44 pessoas e 28 filhos e netos. E o grupo III,
por sua vez, formado por trabalhadores do acidente, paren40
Sociedade do Lixo
tes, vizinhos sem exposição ou contaminação detectável, é
o mais numeroso e conta com 548 pessoas, sem contabilizar
os parentes. E, nessa história toda, os grupos I e II tinham
direito de assistência até a terceira geração. Já o grupo III,
onde Santos está inserido, ainda luta por seus direitos.
O soldado, que havia trabalhado noite e dia para ajudar
as pessoas, agora era abandonado. Como não havia recebido
roupagem apropriada para atuar na área, teve contato
com o material. Durante anos, Santos juntou calhamaços de
receitas médicas, atestados, laudos e papéis que demonstravam
estado de saúde debilitado, mas de nada adiantaram.
Ele, que sonhava ser oficial da Polícia Militar e bacharel
em Direito, precisou abortar seus planos devido a problemas
de saúde e financeiros. Era saudável, tinha uma vida
em família, passeava, estudava, trabalhava, praticava esportes
sem nenhum problema. Após sua atuação na descontaminação,
parecia que seu mundo, tão normal, ruía. Antes,
participava de maratonas de corrida; agora, de maratonas
hospitalares. Ao invés de medalhas, passou a colecionar
problemas de saúde: diabetes, hipertensão arterial severa,
dislipidemia, insônia, estresse, depressão, lesões na pele.
Para ajudar, teve dois casamentos desfeitos:
— Foi o preconceito – diz.
A contaminação também foi responsável por causar
transtornos financeiros.
— Devido ao divórcio e a separação judicial, foi arbitrada
partilha de bens e pagamento de 30% de meus vencimentos
líquidos de pensão alimentícia. Também tenho
encargos previdenciários, empréstimos e refinanciamentos
bancários. No final de meu pagamento, que é cerca de três
mil reais, me sobram apenas 500, que são para mim e mi41
Campo estelar no chão terrestre
nha filha Kamila, que mora comigo. Esse valor mal cobre
despesas mensais com meu tratamento de saúde.
Além de ter dificuldades financeiras e de saúde, o soldado
tem que arcar com os tratamentos de seus filhos. Ele
explica que sua filha Kamila nasceu com seqüelas físicas,
herdadas por legado genético. No rol de problemas destacam-
se alergias crônicas, hérnia inguinal à direita e gripes
com tosses alérgicas. Seus outros dois filhos – de outro casamento
e que moram com a mãe, em Minas Gerais – vivem
debilitados pela gripe.
Em 2004, percebendo que sozinho não chegaria a lugar
nenhum, uniu-se a outros militares, vítimas da mesma contaminação.
Quem poderia supor que seus amigos Juvenal,
Cleyton, Claudio, Ciro, Valdecir, Manoel, Robson, Diurivê,
Pedro, Suelimar, Sandro, Fabian, Ciro, Ricardo, Jose, Gecimar,
Eliaquim, Antonio, Jesuel, Zoroastro e Elvio, soldados
anônimos, teriam que lutar pelo direito de serem reconhecidos
oficialmente como vítimas da tragédia? Mas tinham
de lutar, e para isso, fundaram a Associação dos Militares
Vítimas de Césio-137 (AMVC-137), cuja assembléia geral
ordinária realizou-se na sede da Associação dos Subtenentes
e Sargentos da Polícia Militar de Goiás, em Goiânia, em
2004.
As reuniões nem sempre eram freqüentes, tendo em vista
que o grupo se mantinha organizado e os integrantes interagiam
entre si. Mas quando o assunto trazia aquele brilho,
aquela embalagem que o configurava como especial e
importante, surgia o edital de convocação. Nos blá-blá-blás
das reuniões eram discutidos os assuntos relevantes da entidade,
elaboravam-se pautas sobre o que ia ser debatido e
também as atas. Era preto no branco!
42
Sociedade do Lixo
— Recebemos o apoio de organizações não-governamentais,
como o Greenpeace, ABCcâncer, Associação das
Vítimas do Césio-137, entre outras, lembra o soldado.
Como a AMVC-137 não possui sede própria, geralmente
utiliza as sedes das entidades de classe da Polícia Militar. E
o soldado Santos, primeiro-secretário da associação, precisa
se mobilizar para ajudar nas reuniões. Para otimizar
seu tempo, em casa mesmo, se aconchega na cadeira, liga o
computador e, enfim, está na net. Soube aproveitar as facilidades
do mundo da informática e, assim, criou um blog,
que mantém atualizado com notícias sobre a associação, o
acidente e suas conseqüências.
Recebe e-mails e os responde com a devida rapidez. São
jornalistas, estudantes universitários, de todos os cantos do
Brasil, até mesmo de Coimbra, em Portugal, que querem
saber sobre a história de luta desses militares. As perguntas
meio que se repetem, mas ele não se cansa de responder.
Em abril de 2008, Santos entrou com três meses de licença
especial e um mês de férias. Antes de vencer a licença,
buscou sua aposentadoria por tempo de serviço. Com a
saúde debilitada (e mais de 30 anos de trabalhos prestados
à Polícia Militar de Goiás), aguardava a publicação da tão
sonhada aposentadoria em Diário Oficial, que finalmente
saiu no dia 9 de setembro de 2008. Mas isso não significou
que ele pudesse colocar seu chinelo e descansar.
Nesses anos, o policial deve ter se cansado de contar carneirinhos.
Vítima de insônia, o anoitecer, para ele, não é
sinônimo de sono. A noite não o embala, nem o ajuda a ninar.
Pega os remédios, abre a boca e os engole com um gole
de água. É remédio para PRESSÃO ALTA e para controle de
43
Campo estelar no chão terrestre
ansiedade. A fada dos sonhos, se é que existe, aparece só
tarde da noite ou, às vezes, quando está meio afobada, pelas
três da madrugada. Bate a varinha na cabeça de Santos e
ele finalmente adormece – o remédio de ansiedade é o pó
mágico que o faz apagar. O que se passa em seus sonhos?
São nove horas da manhã. Com o regime militar que segue,
acorda, faz o café para a filha Kamila, de onze anos.
Mais uma vez toma remédio contra PRESSÃO ALTA e para
combater a diabetes, enfermidade muda que deixa seu sangue
doce. Tantos problemas de saúde, mas a maratona não
termina. Faz almoço para a filha e para ele. Às vezes, quando
não está tão disposto a cozinhar, varia o cardápio num
restaurante. De novo toma o remédio para controle de diabetes.
Satisfeita, devidamente alimentada, Kamila pega o transporte
escolar, que segue até o Colégio da Polícia Militar,
Unidade Hugo de Carvalho Ramos. Sai de casa às quinze
para o meio dia, retorna às seis e meia da tarde.
No período sem a filha, o soldado segue a rotina:
— Assisto televisão, leio jornais, visito meus amigos nos
quartéis da capital. Vou ao centro da cidade pagar contas
ou fazer compras.
Nessas tardes a solidão, variadas vezes, se transmuta
num sentimento de vazio:
— Quando estou deprimido e muito ansioso, fico em
casa sem sair ou vou ao médico para acompanhamento.
O soldado Santos, que há 21 anos se preparava para trabalhar
“num vazamento de gás” em Goiânia, com seu uniforme
azul-petróleo, cinto preto, coturnos negros e luzidios,
agora, com 46 anos, se transforma num soldado aposenta44
Sociedade do Lixo
do. Veste uma camiseta invisível chamada luta, tecida com
a esperança de ser reconhecido oficialmente como vítima
do acidente com césio-137, um acontecimento que marcou
e ainda deixa marcas em todos os que tiveram, de alguma
forma, algum tipo de contato com a tal estrelinha azul.

FONTE:"http://www.tecnoambi.com.br/joomla/docs/sociedade_do_lixo.pdf"



Parabéns Pai, pelo seu digníssimo trabalho filantrópico que exerce acompanho de perto sua honrada   Luta
 em prol dos Militares Vítimas do Césio-137, o Senhor e toda sua Equipe que trabalharam na Missão do Césio-137 em Goiânia-GO estão de Parabéns, pelo Honrado Êxito nessa Árdua Missão!

Pois o Senhor e todos os Colegas Militares que trabalharam na Descontaminação pelo elemento radioativo Césio-137 de Goiânia,exerceram Atos: Humanitários, Pacíficos, Heroícos e Históricos!

Merecida é está Promoção Por Ato de Bravura de todos Policiais Militares, Bombeiros Militares, aos Honrados Militares do Estado de Goiás,que doaram suas vidas para salvar vidas de terceiros, hoje tendo sérias sequelas pelo acidente, porém não abaixaram a sua Auto estima , firmes e fortes em fé a missericórdia de Deus chegaram á todos ,os sofrimentos sim irá amenizar , Deus irá abençoar que o seus Direitos vai se realizar, eu Escritora Kamila Tavares de Almeida tenho fé em Deus ,não desistam o mundo irá ver que existe Heróis no nosso querido Estado De Goiás-GO- Brasil!

No Nosso País Brasil há honrados Heróis que não se esconderam da Luta assumiram seus Postos, Lutam e sim Venceram está Árdua Missão Heróis , o BLOG LITERATURA POÉTICA , tem grande reconhecimento pelo Brilhante trabalho que exerceram para salvar a sociedade Goiana em 1987!

A Causa do Césio com Grande nós temos grande atenção e admiração em grau de solidariedade demontrar aos Hérois do Césio-137, Parabéns, Militares , Bombeiros vítimas do Césio-137, tenha um enorme reconhecimento pela Escritora Kamila Tavares de Almeida.

Merecido reconhecimento á vocês Senhores Policiais Militares Vítimas do Césio-137, Parabéns!

Pai Santos Francisco de Almeida eu tenho muito orgulho por ser sua filha, te admiro em ter um Grande Heroí ao meu lado, Parabéns pela Glória de sua Luta, Deus irá lhe recompensar muito tenha certeza, Deus está contigo!

Parabéns á todos Guerreiros Militares Vítimas do Césio- 137!

Atenciosamente:

Kamila Tavares de Almeida.

Escritora

sábado, 27 de julho de 2013

FONTE:"http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/s-o-paulo-tambem-faz-ato-em-me/"

São Paulo faz ato em memória das vítimas do acidente com o césio-137

Notícia - 10 - set - 2007
Cerca de 60 pessoas se reuniram nesta terça-feira em frente ao Teatro Municipal no centro de São Paulo para um ato em memória às vítimas do acidente radioativo com o césio-137.
A morte simbólica encenada por ativistas em São Paulo homenageou as vítimas do césio-137, acidente que ocorreu há 20 anos em Goiânia.
Vestidos de preto, os ativistas deitaram no chão enquanto uma pessoa disfarçada de morte representava os riscos da energia nuclear. A morte simbólica foi uma maneira de lembrar os quase 60 mortos e as milhares de pessoas afetadas pelo acidente com a cápsula radioativa de césio-137 em Goiânia, que completa 20 anos esta semana.
O ato foi iniciativa do Greenpeace e da Fundação SOS Mata Atlântica e contou com a participação de Santos Francisco de Almeida, representante da Associação dos Militares Vítimas do Césio-137 (AMVC-137). O secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, esteve presente ao ato.
"O estado de São Paulo não precisa de energia nuclear, que é perigosa e desnecessária", afirmou Graziano.
Confira abaixo o vídeo feito no local do ato:
Na segunda-feira, um ato semelhante foi realizado em Salvador - clique aqui para saber como foi.
O acidente com o césio-137 ocorrido em Goiânia em 1987 é considerado o pior acidente radioativo em área urbana do mundo. Para saber um pouco mais sobre a história do acidente e participar da cyberação contra a retomada do programa nuclear brasileiro (e também a construção de Angra 3), clique aqui.
Estima-se que as 19 gramas de césio-137 contidas naquela fonte fizeram mais de 60 vítimas e contaminaram mais de 6 mil pessoas, segundo dados da AVICÉSIO. Os afetados sofrem com problemas como câncer, defeitos genéticos, seqüelas psicológicas e preconceito. A tragédia ainda deixou como herança mais de 20 toneladas de lixo radioativo.  
"Cerca de 500 militares foram atingidos pelo acidente. O atual comando da PM mandou abrir uma sindicância que apurou que pelo menos 202 destes militares estão doentes, com problemas graves como câncer e alergias", afirmou Almeida.
Além do perigo radioativo, o acidente de Goiânia expôs a incapacidade do governo federal em garantir a segurança das instalações nucleares no Brasil. Essa incapacidade foi mais recentemente detalhada pelo relatório da Câmara dos Deputados "Fiscalização e Segurança Nuclear", publicado em 2006. O documento aponta diversas falhas na estrutura de controle das atividades nucleares no Brasil tais como a ambigüidade de funções da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), que acumula os papéis de fomento, pesquisa e fiscalização das atividades nucleares do país.  
"O governo brasileiro não tem capacidade de garantir a segurança das instalações nucleares que já existem e, mesmo assim, decidiu investir mais R$ 7 bilhões na construção da usina nuclear Angra 3. Os enormes riscos e os altos custos envolvidos tornam este projeto inaceitável", disse Rebeca Lerer, da campanha de energia do Greenpeace.
As entidades promotoras do ato em São Paulo afirmam que o 20º aniversário da tragédia de Goiânia serve como um momento de reflexão para a sociedade brasileira. "Agora que o governo federal anuncia a retomada do programa nuclear brasileiro, a sociedade deve se mobilizar e deixar claro que não quer conviver com mais este risco", afirmou Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica.
Na próxima quinta-feira (13), o Greenpeace apoiará os atos da Associação das Vítimas do Césio-137 em Goiânia (GO).

FONTE:"http://www.tjgo.jus.br/index.php/home/imprensa/noticias/119-tribunal/2353-vitima-de-acidente-do-cesio-137-recebera-pensao"

Notícias do TJGO

Vítima de acidente do Césio 137 receberá pensão

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), por unanimidade de votos, negou recurso interposto pelo Estado de Goiás para garantir ao militar Santos Francisco de Almeida, vítima do acidente com o Césio 137, o direito de receber a pensão especial prevista pela Lei Estadual nº 14.226/2002. O benefício começou a ser pago em dezembro de 2008, motivo pelo qual Santos entrou com pedido de cobrança dos valores relativos ao período de julho de 2002 a novembro de 2008, ou seja, desde que a legislação entrou em vigor.
De acordo com o relator do processo, desembargador Leobino Valente Chaves, o Estado não trouxe nenhum fundamento ou fato novo capaz de modificar a decisão proferida. 
Santos Francisco de Almeida, vítima do acidente com o Césio 137, procurou a Justiça para receber benefício estabelecido pela Lei Estadual nº 14.226/2002, que foi promulgada com o objetivo de reger especificamente a matéria relativa à pensão especial deferida às pessoas que trabalharam na descontaminação da área acidentada, na vigilância do depósito provisório em Abadia de Goiás e no atendimento às vítimas diretas. No entendimento do Judiciário, o militar tem direito o direito resguardado a partir da vigência da legislação.
Inconformado, o Estado recorreu, com a alegação de prescrição trienal estabelecida pelo artigo 206, §3º, V, da CCB/2002 para a pretensão de reparação civil, referente às parcelas pretendidas pelo militar, anteriormente a 2006, já que propôs a ação em 2009. Garantiu ser incabível a aplicação de prazo prescritivo quinquenal, conforme entendeu o magistrado que concedeu segurança à vítima. Descatou, também, que o direito de recebimento de pensão somente se aperfeiçoou com a publicação do decreto que lhe concedeu a pensão em 7 de abril de 2009.
Apesar de conhecido, o recurso foi desprovido pelo então relator do processo, desembargador João Waldeck Félix de Sousa. De acordo com o magistrado, não transcorreu o prazo prescricional quinquenal do decreto. Também ressaltou que não há de se falar em prescrição estabelecida pelo artigo 206 do CCB/2002, com o entendimento de que nas relações jurídicas de Direito Público, deve ser aplicado o prazo de cinco anos, previsto no artigo 1º do decreto 20.910/32 a qualquer ação contra a Fazenda Pública, não se aplicando o lapso trienal que consta do Código Civil.
Mesmo com a justificativa do magistrado de 2ª grau, o Estado interpôs outro recurso. No entanto, as alegações foram as mesmas da decisão anterior. Por tal motivo, a 2ª Câmara Cível  negou o pedido, mantendo o direito ao militar.
A ementa recebeu a seguinte redação: "Agravo Interno. Duplo Grau de Jurisdição e apelação cível. Pensão Especial. Césio 137. Prazo Prescricional. 1 - É assente o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, de que nas relações jurídicas de Direito Público, deve ser aplicado o prazo prescricional de cinco anos previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32 a todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Pública, não se aplicando o lapso trienal constante do Código Civil. 2 - Mantém-se o decisum agravado, uma vez que o recorrente não trouxe fato ou fundamento novo capaz de modificar as razões que lhe dão suporte. Precedentes desta Corte. Agravo interno conhecido e improvido." (200993158617) (Texto: Lorraine Vilela - estagiária do Centro de Comunicação Social do TJGO)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

PROJETO APROVADO




Assinado processo que contempla policiais e bombeiros vítimas do Césio-137

Assinado processo que contempla policiais e bombeiros vítimas do Césio-137
Representantes da cúpula da Segurança Pública de Goiás assinaram nesta sexta-feira, 26, na Cidade de Goiás, processo que contempla com promoção por ato de bravura policiais e bombeiros militares vítimas do Césio-137, um dos maiores acidentes radiológicos que aconteceu na capital, em 1987.
O documento foi assinado pelo secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita; Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Silvio Benedito Alves; e o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Helbingen Júnior. O processo será encaminhando ao governador Marconi Perillo.
Fonte: Soldado Rafael Cardoso
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quarta-feira, 24 de julho de 2013

ANDAMENTO DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS CÉSIO 137


SSP ENVIA À PGE PROCESSOS DE PROMOÇÃO POR BRAVURA DOS MILITARES QUE ATUARAM NO ACIDENTE DO CÉSIO

     
Mais de 48 mil documentos foram levadas à PGE
Concluído nesta quarta-feira, 17 de julho, o trabalho da força tarefa da SSP criada com o objetivo de analisar todas as sindicâncias procedidas pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros dos servidores que atuaram no acidente com o Césio 137, ocorrido em 1987 em Goiânia. Os documentos foram encaminhados à Procuradoria Geral do Estado para controle de legalidade e posterior envio à Casa Civil para lavratura dos decretos de promoção.
Cerca de 200 militares devem ser beneficiados com as promoções por bravura. Os inativos dependem do envio e aprovação de lei específica na Assembleia Legislativa. A promoção dos policiais e bombeiros da ativa depende de processos administrativos que foram individualizados. A força tarefa analisou os atos administrativos no aspecto da legalidade e preparou os documentos que foram assinados pelo secretário Joaquim Mesquita. O trabalho realizado inclusive no final de semana foi concluído dois dias antes da data prevista que era o dia 19 de julho.